terça-feira, 27 de março de 2012

Ui, ele existe!!  E é Cientista!!

          Editora Globo

         Em junho de 2011, Neil deGrasse Tyson acabava de gravar mais uma entrevista para o Big Think, site que reúne bate-papos e artigos com mentes brilhantes. Seria um dia comum na vida do diretor do Planetário Hayden, em Nova York, velho conhecido da mídia norte-americana por ser didático nas explicações sobre o universo.
          Mas um gesto mudou tudo. Ao explicar porque Isaac Newton teria sido o maior cientista da história, Tyson fez a expressão que ilustra esta matéria. Os internautas, então, retiraram apenas esse trecho do vídeo e passaram a reproduzi-lo por blogs, tumblrs e redes sociais com legendas irônicas. No Brasil, a versão mais famosa foi: “Ui, eu fiz alguma coisa surpreendente e vou esnobar.”                                      
       A popularidade de Tyson começa antes de sua imagem se tornar um viral. Com 10 livros de astronomia publicados, ele recebeu a maior condecoração dada pela Nasa a um civil por sua colaboração em projetos sobre o futuro da exploração espacial.
            Além disso, Tyson tem um programa de rádio, o StarTalk, em que discute assuntos de ciência junto com famosos, e já participou da série de TV geek The Big Bang Theory (Warner Channel). A seguir, ele fala sobre como é ser um astrônomo que caiu na boca do povo.

 ENTREVISTA COM TYSON:

Como você soube do meme com sua imagem?
Tenho contas bastante ativas no Twitter e Facebook. Então, é como se eu tivesse milhares de olhos lá fora. As pessoas me mostram artigos onde sou mencionado. Achei curiosa essa história. Desisti de tentar controlar minha imagem.
 Editora Globo

Você sofre preconceito de outros cientistas devido à fama?
Há algumas décadas, se um cientista escrevesse coisas populares não seria visto como um igual por outros pesquisadores. Hoje, não faz diferença para meus colegas. Talvez faça alguma para os estudantes. O astrônomo Carl Sagan passou por isso nos anos 1980, quando escreveu o livro Cosmos, que virou série de TV, apresentando ciência para leigos. Mas os pesquisadores entenderam que, se o público gosta do que você faz, você recebe mais dinheiro para fazê-lo. Nosso financiamento vem dos contribuintes.

Editora Globo

Como foi participar do seriado The Big Bang Theory?
Foi a coisa mais divertida que já fiz. No episódio, eu interpretei a mim mesmo e discuti sobre Plutão. Porque não há nada sobre Plutão que eu não tenha comentado, já que fiz parte da comissão que o rebaixou à categoria de planeta anão. Por causa disso, sofri o desprezo do personagem Sheldon [físico, o mais nerd e famoso da série].        
                             

 Editora Globo

Qual sua estratégia falar de ciência para o público leigo?
Gosto de pensar que tenho um cinto de utilidades, como o Batman. Em cada bolso, uma maneira de falar. Você é do Brasil, então, eu poderia falar sobre o fato de o país ter a terceira maior indústria aeroespacial do mundo. Se eu tenho a chance de impressionar alguém com o tema universo, me esforço. Algumas pessoas que escutam meu programa de rádio dizem que é como se eu estivesse na sala da casa delas conversando. Para mim é um grande elogio, pois mostra que estamos juntos confortavelmente falando sobre o espaço.
Recentemente você deu uma palestra sobre o declínio da ciência nos EUA. Por que isso está acontecendo?
A produção não está só caindo nos EUA, como está crescendo em outras partes do mundo. Perdemos a direção, vivemos dos avanços espaciais, mas não reinvestimos. Vai piorar antes de melhorar, eu acho.

Editora Globo

Você acha que China ou algum outro país vai ultrapassar os EUA no futuro?
Acho inevitável a menos que os EUA invistam mais dinheiro em seu programa espacial. Meu próximo livro, “Space Chronicles” (sem título em português), é sobre se devemos voltar ao espaço. Pessoalmente acho que os EUA devem continuar a explorar o espaço porque a descoberta é divertida, mas não é suficiente para convencer o congresso. Podemos dizer que ir ao espaço de maneira grandiosa espalha a ciência pelo país. Cria-se uma cultura, as pessoas vão querer fazer pesquisa. Isso chega à educação e fazemos descobertas. Vai ajudar a economia a se recuperar.

Você imagina um programa espacial ideal para substituir o programa dos ônibus espaciais, encerrado pela NASA em 2011?

Eu diria que gostaria de ir à Lua de Júpiter com um robô. Ela é congelada na superfície, mas tem um oceano líquido subterrâneo há bilhões de anos. Eu gostaria de procurar vida lá.

Fonte: Revista Galileu - Denise Dalla Colletta

domingo, 25 de março de 2012

 


Aula prática - Extração do DNA da cebola (Alliun cepa)
DIA 28/03/2012 - PRIMEIRAS SÉRIES.


JALECO OBRIGATÓRIO! 

OBJETIVOS
Conhecer os princípios básicos da extração do material genético da cebola, a partir dos tecidos do bulbo.

MATERIAIS
Álcool isopropílico (Isopropanol)
Cebola picada
Solução de lise (quebra): 4 colheres de sopa de detergente incolor, 1 colher de chá de cloreto de sódio, 75 mL de água.
Papel de filtro
Gelo
2 béqueres pequenos de plástico (50 mL) e 1 béquer de 500 ou 1000 mL
Tubos de ensaio
Banho-maria (~60 ºC)

PROCEDIMENTOS
Pique a cebola em pedaços pequenos;
Coloque no béquer pequeno de plástico (50 ml) 4 colheres de chá de pedaços de cebola;
Adicione 2 colheres de sopa de solução de lise;
Macere intensamente com o auxílio do bastão de madeira;
Complete com a solução de lise até 25 mL no béquer, misturando a solução;
Coe a solução, com o auxílio do funil e do papel de filtro; coloque o filtrado em um tubo de ensaio;
Depois de filtrar a solução, tampe o tubo e o coloque  no banho-maria por 15 minutos;
Em seguida, coloque o tubo no béquer com gelo e água, durante 5 minutos;
Decorrido este tempo, adicione um volume igual de isopropanol (gelado) ao do tubo e misture vagarosamente (por inversão).

SÍNTESE:

1. A cebola é macerada para que haja a ruptura da parede celular, expondo o material genético das células
2. As moléculas do detergente desestruturam as moléculas de lipídios presentes nas membranas celulares. 
O aquecimento favorece a reação e desnatura as moléculas de DNA.
3. DNA é insolúvel em álcool e deste modo se separa da solução. O DNA tem também menor densidade que os outros constituintes celulares, por isso surge na superfície da solução. O álcool desidrata as moléculas de DNA, fazendo com que elas se aglutinem.
4. A estrutura de dupla-hélice só pode ser visualizada de modo indireto e através de aparelhos sofisticados. O que você está observando são milhares de fitas de DNA juntas.
5. Pode-se observar um aglomerado de moléculas de DNA. 

Professora Gisele Rosin - Ciências e Biologia.

sexta-feira, 23 de março de 2012


CONTEÚDOS PARA O SIMULADO/UEM - SANTA CRUZ:  TERCEIRAS SÉRIES.


- CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS (FRENTE 1A)
- EMBRIOGÊNESE (FRENTE 1A)
- GENÉTICA MOLECULAR (FRENTE 1E)
- O FUNCIONAMENTO DE UM GENE (FRENTE 1E)

quinta-feira, 22 de março de 2012

CONTEÚDOS PARA O SIMULADO/PAS - SANTA CRUZ:
 PRIMEIRAS SÉRIES




 - CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS;
- NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS;
- COMPOSTOS INORGÂNICOS: ÁGUA E SAIS MINERAIS
- COMPOSTOS ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS, LIPÍDIOS E PROTEÍNAS.


quinta-feira, 15 de março de 2012


Cientistas russos querem clonar mamute congelado há 10 mil anos

Segundo estudiosos, durante o experimento serão transvasadas células-tronco do mamute no útero de uma elefanta; a gestação deve durar 22 meses



    Cientistas russos anunciaram nesta última quarta-feira, 14, os planos de clonar um exemplar pré-histórico de mamute que esteve congelado durante 10 mil anos no território da república siberiana de Iacútia.

     "Queremos realizar uma clonagem somática, ao inserir o material genético de um mamute que viveu há milhares de anos nas células de uma elefanta atual", disse um porta-voz Instituto de Ecologia Aplicada (IEA) da Sibéria à agência oficial "RIA Novosti". A fonte detalhou que "as células-tronco serão transvasadas ao útero de uma elefanta que gestará o feto durante 22 meses para que nasça, esperamos, um filhote de mamute vivo".
    Concretamente, as células do mamute em questão seriam inseridas em embriões de uma elefanta procedente da Índia, por ser seu parente genético mais próximo. O porta-voz do IEA antecipou que as amostras genéticas serão extraídas do mamute no final deste ano, após o que serão enviadas à Coreia do Sul, onde a clonagem poderia tornar-se realidade dentro de vários anos.
    Na clonagem do mamute que foi encontrada na inóspita tundra siberiana participarão cientistas russos, sul-coreanos e chineses. Nesta semana a Universidade Federal do Nordeste da Rússia assinou o correspondente acordo com o controvertido cientista sul-coreano Hwang Woo-souk, da Fundação de Pesquisa Biotécnica de Seul.   
     Considerado então um pioneiro neste terreno ao clonar um cachorro em 2005, Hwang foi acusado em 2006 de falsificar testes científicos para confirmar suas ousadas teorias sobre clonagem humana. Os especialistas consideram que clonar um mamute é possível, já que as células desse animal pré-histórico podem ser encontradas tanto em seu sangue e órgãos internos, como na pele e nos ossos.
    O segredo é encontrar tecido e células em bom estado em um animal que morreu, possivelmente de frio ou de fome, há milhares de anos. A decodificação do DNA do paquiderme pré-histórico, que é a que leva a informação genética sobre o animal, é um trabalho árduo que, em muitas ocasiões, termina em fracasso, sem encontrar uma única célula viva.
     Os mamutes apareceram na África há três ou quatro milhões de anos, dois milhões de anos atrás emigraram para Europa e Ásia e chegaram à América do Norte há 500mil anos, passando pelo Estreito de Bering. Para a ciência continua sendo uma incógnita a causa de seu desaparecimento, que começou há 11 mil anos, quando a população destes animais começou a diminuir até a total extinção dos últimos exemplares siberianos há 3,6 mil anos.
      A maioria dos especialistas estimam que os mamutes foram extintos devido a uma brusca mudança das temperaturas na Terra, embora há também quem atribua seu desaparecimento ao ataque de caçadores ou a uma grande epidemia. 

Fonte: Estadão

sexta-feira, 2 de março de 2012

Mar fica ácido em ritmo sem precedente e vida marinha é afetada.
 

      Os oceanos da Terra estão ficando mais ácidos a uma taxa que parece não ter precedentes nos últimos 300 milhões de anos --uma notícia nada agradável para a vida marinha e para a economia humana que depende dela. A conclusão está em estudo na revista "Science", que analisou todos os registros geológicos disponíveis sobre fenômenos parecidos. 
    Apesar da relativa falta de dados no caso dos períodos mais remotos, a equipe liderada por Bärbel Hönisch, da Universidade Columbia, diz que a rapidez das alterações na química do oceano atual é única. "O que estamos fazendo hoje realmente se destaca", disse ela em comunicado oficial.
       A culpa é do dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), substância que a humanidade anda lançando em quantidades cada vez maiores na atmosfera ao queimar combustíveis fósseis ou florestas, por exemplo. Cerca de metade do CO2 emitido no planeta acaba sendo absorvido pelos oceanos. A molécula reage com a água, e um dos resultados da reação é o aumento da acidez do mar. 
        "Aumento da acidez", aliás, é um pouco impreciso. Mesmo com o oceano sugando vastas quantidades de gás carbônico feito doido no último século, sua água continua sendo alcalina, ou seja, o contrário de ácida. O que ocorre é que ela está ficando progressivamente menos alcalina -ainda não pode ser classificada como ácida. Parece pouco, mas a mudança é suficiente para que haja menos carbonato -um componente essencial das conchas e carapaças de organismos marinhos- disponível na água. Criaturas tão diferentes quanto corais, ostras, algas e estrelas-do-mar têm dificuldade para construir seu próprio organismo e podem até perder parte dele.

TÚNEL DO TEMPO
       Hönisch e companhia levaram em conta novas técnicas de análise de rochas de origem marinha, que permitem dizer qual era o nível de acidez do mar e a quantidade de carbonato e de gás carbônico presente nele quando as rochas se formaram. Também consideraram a escala de tempo em que mudanças na acidez do mar ocorriam --e é nesse ponto que as atuais se sobressaem. 
    Um fenômeno parecido no Eoceno, há 56 milhões de anos, levou 5.000 anos para se consumar, extinguindo organismos marinhos. 
O ritmo atual de acidificação (termo usado pelos cientistas) é dez vezes mais veloz. Se as emissões de CO2 continuarem como estão, uma mudança como a do Eoceno ocorrerá até o fim do século.

Fonte: Folha - REINALDO JOSÉ LOPES (EDITOR DE "CIÊNCIA E SAÚDE")

quinta-feira, 1 de março de 2012


Mulheres adultas carregam células-tronco capazes de produzir óvulos.

Para que ocorra a fecundação, células reprodutoras masculinas (espermatozóides) precisam se encontrar com células reprodutoras femininas (óvulos). Pensava-se que essas células fossem produzidas uma só vez na vida, amadurecendo até a puberdade para dar início ao processo conhecido como ovulação, a ‘liberação’ dos óvulos. Entretanto, um artigo publicado no periódico científico especializado Nature Medicine mostra que mulheres adultas podem possuir células-tronco capazes de fazer novos óvulos. A descoberta pode revolucionar a maneira como cientistas entendem a reprodução, lançando luz sobre muitas técnicas de fertilização in vitro.
Em 2004, um grupo de pesquisadores disse ter isolado células-tronco similares em ratos. Muitos cientistas ficaram céticos a respeito dos resultados da pesquisa. Para testar a hipótese com meios mais sofisticados, um time do Hospital Massachusetts em Boston, nos EUA, refez a coleta e identificação de células ovarianas de camundongos. Para isso, usaram uma técnica que colore apenas as células-tronco. Depois de verificar que os resultados estavam corretos, aplicaram o método em células congeladas coletadas do ovário de mulheres em idade reprodutiva. Ao transplantar as células-tronco em animais, viram que as células coloridas começaram a se assemelhar a ovócitos (óvulos imaturos).
Apesar de novos experimentos serem necessários para avaliar se essas células conseguiriam, de fato, amadurecer a ponto de estarem prontas para a fertilização, os pesquisadores estão muito otimistas com os resultados. Mesmo que seja provado que essas células não formam naturalmente novos óvulos no corpo, há a possibilidade de que elas possam ser induzidas a isso, revolucionando a reprodução assistida. O método poderia ajudar pacientes submetidas a quimioterapia, mulheres com menopausa precoce e até mesmo aquelas que sucumbem naturalmente aos efeitos do envelhecimento. Mais: o estudo dessas células poderia, eventualmente, levar ao desenvolvimento de hormônios e medicamentos para revigorar o organismo e desacelerar o relógio biológico feminino.

Fonte: Estadão