domingo, 24 de março de 2013

Descoberta enzima (Cas9) que pode revolucionar a Engenharia Genética! 


     Quando os cientistas Phillipe Horvath e Rodolphe Barrangou decidiram encontrar a melhor maneira de fazer iogurte, eles não esperavam tropeçar em uma das descobertas mais promissoras da área biológica: uma superproteína que pode literalmente cortar DNA, e tem o potencial de revolucionar a engenharia genética.
“Isso pode acelerar significativamente a taxa de descoberta em todas as áreas da biologia, incluindo a terapia genética na medicina, a geração de melhores produtos agrícolas, e a engenharia de micróbios produtores de energia”, explica Luciano Marraffini, da Universidade Rockefeller (EUA).
     A proteína, chamada Cas9, pode ser explorada para cortar fitas de DNA exatamente no lugar onde os pesquisadores querem. Não torna a engenharia genética fácil, mas torna-a muito, muito mais fácil do que é atualmente, pois permite que os cientistas emendem sequências de DNA com uma precisão sem precedentes. A descoberta
Cas9 foi encontrada no ano passado. Os cientistas descobriram que, quando combinada com certas bactérias, a proteína invade e mata vírus cortando seu DNA em pontos-alvo específicos.
     Isso faz da proteína uma excelente candidata para tornar a produção de iogurte mais eficiente. Mas o que é mais interessante ainda é que Cas9 pode ser emparelhada com qualquer sequência de RNA (cordas de moléculas que codificam e regulam a expressão de genes) para alvejar um pedaço determinado do DNA e cortá-lo com precisão incrível, como uma espécie de tesoura minúscula feita sob encomenda.
      O mundo da biologia imediatamente fervilhou com as possibilidades que a proteína oferece.
“Ela está se espalhando como fogo desde que aprendemos sobre ela, e certamente é muito tentadora. É fácil usá-la para fazer muitas experiências”, disse o geneticista George Church, da     Universidade Harvard (EUA).
     No futuro Cas9 poderia trazer consigo avanços enormes, pelo menos na nossa capacidade de estudar a genética. Digamos que há três mudanças no DNA ou em torno de um gene que podem causar uma doença. Hoje, é difícil estudá-las diretamente. Mas com a nova proteína, podemos pegar uma célula de uma pessoa que já teve seu DNA sequenciado e criar o que é conhecido como uma célula-tronco pluripotente induzida, uma célula que se comporta como um embrião. Depois disso, podemos usar a Cas9 para manipular cada uma dessas mudanças no DNA.
     Claro, ainda há um longo caminho a percorrer antes de simplesmente “cortarmos” defeitos do nosso DNA. A pesquisa está atualmente sendo realizada em placas de Petri, não criaturas vivas, mas é promissora. Segundo os especialistas, é só uma questão de tempo até que algo importante venha dela.

Fontes: http://hypescience.com
              http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22745249            

terça-feira, 19 de março de 2013

Nanopartículas carregadas com veneno de abelha matam HIV

Editora Globo

    As nanopartículas são capazes de destruir a camada protetora do vírus da AIDS e podem ser usadas em uma injeção ou em um gel.

   De acordo com pesquisadores da Universidade de Washington em St. Louis, uma toxina presente no veneno de abelha pode destruir o vírus da AIDS em organismos humanos, deixando as células saudáveis do paciente sem nenhum dano. A aplicação imediata da descoberta poderia ser um gel protetor que, ao ser usado nos genitais, impediria a transmissão da doença.
    A toxina 'milagrosa' é chamada de melitina - ela é capaz de danificar o envelope de proteção que cerca o HIV e outros vírus. Normalmente, a melitina pode ser danosa ao organismo mas, ao serem inseridas em nanopartículas, elas não são capazes de danificar células normais. Quando as nanopartículas entram em contato com as células saudáveis, que são bem maiores do que o vírus, a liberação da toxina não é ativada.       Já o HIV fica preso na nanopartícula quando há o contato, recebendo a melitina. Segundo os cientistas, o vírus da AIDS também não pode se 'adaptar' ao ataque, se tornando resistente a ele.
   Além do gel genital, pesquisadores esperam que a terapia com metilina possa ser aplicada em pacientes soropositivos, especialmente os mais resistentes a remédios. As nanopartículas seriam injetadas através de uma injeção no sangue e, em teoria, seriam capazes de 'limpar' a infecção viajando pela corrente sanguínea.
Por enquanto os testes foram feitos em células cultivadas em laboratório. No entanto, segundo os cientistas, as nanopartículas podem ser produzidas em maior número para serem usadas em testes clínicos. 

Fonte: http://revistagalileu.globo.com