sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Cientistas criam neurônios a partir da urina

Neurônios funcionaram corretamente e sem desenvolver tumores quando inseridos em ratos.
                     

     A urina já foi empregada em pesquisas como forma de gerar água potável ou mesmo energia. Além disso, em algumas culturas ela ainda é utilizada como um dos principais ingredientes de pratos bastante exóticos. Mas, se depender de alguns pesquisadores do Instituto de Biomedicina e Saúde Guangzhou, na China, esse líquido expelido pelo corpo humano pode ter um uso surpreendente para a ciência: criar células cerebrais.
   De acordo com um estudo publicado este mês na revista Nature Methods, cientistas chineses conseguiram pegar células epiteliais da urina e transformá-las em células-tronco pluripotentes — que podem ser induzidas a se tornar qualquer tipo de tecido humano.
 Não bastasse a descoberta ser um tanto “inusitada”, os pesquisadores ainda afirmam que todo o processo levou apenas 12 dias — metade do tempo que normalmente é necessário para a criação de células-tronco a partir de biópsias de tecidos ou amostras de sangue.
 Trata-se de um grande passo para a medicina regenerativa, especialmente pelos cientistas ainda alegarem que foram capazes de cultivar e criar neurônios estáveis em pleno funcionamento dentro de quatro semanas. Para testá-los, os pesquisadores ainda colocaram os neurônios em cérebros de ratos. Por fim, as novas células se comportaram da maneira que os cientistas esperavam e não ocasionaram tumores.

Fonte: http://www.tecmundo.com.br/ciencia/33872-cientistas-criam-neuronios-a-partir-da-urina.htm#ixzz2F1q7mieg

terça-feira, 20 de novembro de 2012

 INCRÍVEL FOTO DO OLHO HUMANO!! 

Em detalhes, a íris! Estrutura muscular dotada de pigmentos, que controla a abertura e fechamento da pupila.   

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

REPORTAGEM SOBRE SELEÇÃO GENÉTICA EM EMBRIÕES.
O objetivo é evitar transmissão de doenças hereditárias. No Brasil, seleção genética segue normas rígidas determinadas pelo Conselho Federal de Medicina.


PROVA DIA 26/10 - TERCEIRÃO - SANTA CRUZ


terça-feira, 16 de outubro de 2012

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Vacas transgênicas produzem leite que não causa alergia

                                     


         Cientistas conseguiram criar na Nova Zelândia uma vaca transgênica cujo leite não produz uma proteína que causa alergia em bebês. Como escrevem os autores do estudo publicado na revista científica americana "PNAS", "nos países desenvolvidos, entre 2% a 3% das crianças são alérgicas a proteínas do leite de vaca no primeiro ano de vida". O estudo foi feito por cinco pesquisadores da empresa estatal de pesquisa AgResearch e da Universidade de Waikato, liderados por Goetz Laible.
        A proteína que causa a alergia é conhecida como BLG, sigla para beta-lactoglobulina. Ela não existe no leite humano, mas é comum no leite de vacas e ovelhas. Deu muito trabalho chegar à bezerra transgênica cujo leite não tem BLG. Foram necessários estudos em células; depois, em um modelo genético com camundongos; e, por fim, o teste com bovinos.
       Existem fórmulas "hipoalergênicas" para bebês, mas o resultado não é perfeito: o leite pode ter gosto amargo, e o custo é elevado. Tentar tirar os genes da BLG dos bovinos também não deu certo. A equipe de Laible resolveu usar outra técnica de engenharia genética, usando a "interferência de RNA", método que usa um dos ácidos nucléicos para inibir a ação de certos genes.
     Depois dos testes com células, foram testados camundongos que foram modificados para imitar a glândula mamária de uma ovelha (onde se produz a BLG). O "micro RNA" da técnica cortou em 96% a produção da proteína BLG. Obviamente custa mais barato fazer os testes em células e em camundongos do que ficar produzindo bezerros e bezerras. Mas, uma vez demonstrado que a coisa funcionava, o próximo passo foi partir para criar um bovino transgênico claro, uma fêmea.
    Foram clonados 57 embriões e o resultado foram cinco gestações; uma resultou em uma fêmea, mas que nasceu sem a cauda... Mas o problema parece estar ligado à técnica de clonagem, não à modificação da proteína do leite. Apesar de ser uma mera bezerra, com o uso de hormônios foi possível fazê-la lactar. A bezerra transgênica não tinha a proteína BLG, mas tinha maior índice de outras, as caseínas, no seu sangue.
      Não se sabe muito sobre o papel da BLG, sua função biológica. Os estudos são difíceis por que não há modelos em camundongos capazes de produzir bons resultados. Mesmo a técnica de "interferência de RNA" ainda é algo novo nos estudos com animais de pecuária. Como os autores admitem, ainda falta muito estudo para se ter vacas transgênicas produzindo o leite que se deseja.

Fonte: Folha de São Paulo


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Insetos que realizam fotossíntese são descobertos!! 

Tudo indica que nossos livros de Biologia sofrerão nova revisão este ano, principalmente no que tange à diferenciação entre animais e vegetais.

    Afinal foi confirmada a capacidade da superfamília dos afídeos de realizar fotossíntese de acordo com o artigo “Light- induced electron transfer and ATP synthesis in a carotene synthesizing insect” publicado na revista Nature desta semana pelos pesquisadores franceses Jean Christophe Valmalette, Aviv Dombrovsky, Pierre Brat, Christian Mertz, Maria Capovilla e Alain Robichon.
   Além dessa suspeição de captar DNA de outros seres, são capazes de realizar partenogênese. Em outras palavras as fêmeas dessa superfamília procriam sem precisar de machos que as fecundem. Assim, as fêmeas podem nascer grávidas e depois parir essas crias que também nascem grávidas, e assim sucessivamente.
   Agora, essa insólita superfamília figura também na galeria dos seres autotróficos. Em outras palavras são capazes de realizar a elaboração de nutrientes, de maneira análoga a das plantas, por meio de um processo muito similar ao da fotossíntese.
  De acordo com o citado artigo da Nature esses insetos são os únicos entre os animais capazes de sintetizar pigmentos chamados carotenoides. Pigmentos esses, típicos de vegetais, responsáveis pela regulação do sistema imunológico e também pela elaboração de grupos de vitaminas, tais como a vitamina A, por exemplo.
   Sem dúvida é uma adaptação singular do fenótipo dessa espécie de afídeo denominada Pisum acyrthosiphon, com comportamento selecionado em condições de baixa temperatura e caracterizada por uma aparição notável de uma cor esverdeada que se altera para o amarelo-avermelhado.
   A produção desses pigmentos carotenoides envolvem genes bem específicos responsáveis, por exemplo, pela ação de cloroplastos típicos dos vegetais e surpreendentemente presente no genoma do pulgão, provavelmente por transferência lateral durante a evolução.
   A síntese abundante desses carotenoides em pulgões sugere um papel fisiológico importante e desconhecido muito além de suas clássicas propriedades antioxidantes.
   O artigo relata a captura de energia luminosa durante o processo metabólico por meio da foto transferência de elétrons induzida a partir de cromóforos excitados. Os potenciais de oxirredução das moléculas envolvidas neste processo seriam compatíveis com a redução do NAD + coenzima. Em, outras palavras, um sistema fotossintético – que mesmo sendo rudimentar – é capaz de utilizar esses elétrons foto-emitidos no mecanismo mitocondrial a fim de sintetizar moléculas de ATP, ou seja, fornecer energia útil para sustentar o organismo em seu ciclo vital.
   Além de modificar os conceitos clássicos em nossas aulas de Biologia essa descoberta promete elucidar, entre outros enigmas da ciência moderna, a forma como a vida tem evoluído em nosso planeta.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ATENÇÃO QUERIDOS ALUNOS...
ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O PAS/UEM!!
De 27 de agosto até 17 de setembro de 2012


INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: 


PROVAS DAS EDIÇÕES ANTERIORES:

terça-feira, 28 de agosto de 2012

domingo, 12 de agosto de 2012

sábado, 7 de julho de 2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

CONTEÚDOS PARA OS SIMULADOS/UEM  
SANTA CRUZ


1ª SÉRIE: 
Membrana Celular: Unid. 5 (Pág 36 à 43) - Módulo 1
Organelas Citoplasmáticas: Unid. 6 (Pág 44 à 47) - Módulo 1
Mitocôndrias: Unid. 1 (Pág 3 à 7) - Módulo 2
Núcleo Celular: Unid. 4 ( Pág 19 à 22) - Módulo 2

                                   3ª SÉRIE:
        Vírus, Procariontes e Eucariontes: Frente 3A - Aula 5
Revestimentos celulares: Frente 3A - Aula 6
Grupos sanguíneos ( Polialelismo): 3E - Aula 5
Transporte através da membrana: 4A - Aula 7
Organelas Citoplasmáticas: 4A - Aula 8

terça-feira, 19 de junho de 2012

1ª A, B e C - SANTA CRUZ - PROVA 05/07

MÓDULO 2 : UNIDADE 2 PLASTOS E FOTOSSÍNTESE
                         UNIDADE 3 CENTRÍOLOS
                         UNIDADE 4 NÚCLEO CELULAR
                         UNIDADE 5 : INTÉRFASE E MITOSE


                                   

sexta-feira, 15 de junho de 2012


100 TRILHÕES DE MICRÓBIOS EM NOSSO CORPO!!    
Só na saliva foram isolados 800 tipos diferentes de microrganismos.

               

                                         VÍDEO


   No dia 13/06/2012, a ciência anunciou uma conquista daquelas capazes de produzir uma revolução. Duzentos pesquisadores de mais de 80 instituições internacionais conseguiram mapear os micróbios que vivem no corpo humano.
      Floresta, oceano e deserto são alguns dos ecossistemas conhecidos do nosso planeta. Mas o que não se sabia é que existe outro – e sobre duas pernas. Para os cientistas, o ser humano também pode ser considerado um ecossistema, por causa da variedade gigantesca de vida que abriga dentro do corpo. Esta é a primeira vez que eles estudam a diversidade e a função dos micróbios nas pessoas.
    Carregamos esses seres invisíveis a olho nu em uma quantidade dez vezes maior do que a de células e genes. São 100 trilhões de organismos em todas as partes. Só na saliva, por exemplo, foram isolados 800 tipos diferentes. Na mucosa do nariz, 900.
    Agora, o que os pesquisadores estão tentando fazer é uma espécie de censo com todos os tipos de micróbios que existem no organismo, como as bactérias e os vírus. Mas isso vai levar muito tempo, porque é como se eles estivessem começando a explorar um planeta inteiro.
    Os cientistas querem saber exatamente quem são esses seres e a função de cada um deles. Nesta segunda etapa, eles vão estudar a sequência genética de 119 tipos de micróbios. Quem são os amigos e os inimigos? Eles resistem aos antibióticos? Essas respostas podem revolucionar o tratamento de muitas doenças.
    O projeto Microbioma Humano foi patrocinado pelo governo americano e custou até agora US$ 170 milhões.

Fonte: globo.com/jn

quarta-feira, 6 de junho de 2012


ENTENDA A RIO + 20

      A Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. É assim conhecida, pois marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. 
    A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009. O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
A Conferência terá dois temas principais: 
- A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e
- A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. 
    A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16  e 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.
Fonte: rio20.gov.br



quarta-feira, 23 de maio de 2012

MISTÉRIOS DO FUNDO MAR!!

Editora Globo

Há alguns dias o site da Galileu publicou uma nota sobre uma misteriosa criatura que havia sido flagrada pelas câmeras aquáticas da Petrobrás, há 5 mil pés de profundidade, no Golfo do México. Na ocasião, cientistas e pesquisadores não conseguiram identificar o que era, mas agora eles chegaram a uma conclusão. Trata-se de uma água-viva. Craig McClain, do site Deep Sea News, encontrou em suas pesquisas documentos de 1988 que descrevem a medusa e a denominam como Deepstaria reticulum.

VÍDEO ABAIXO

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Excesso de açúcar pode afetar o cérebro, sugere estudo
Ratos que consumiram mais açúcar ficaram com reação mais lenta.
Alterações do açúcar no sangue podem afetar aprendizado e memória.


    Comer açúcar demais pode consumir toda a sua energia cerebral, revelaram cientistas americanos que publicaram um estudo nesta terça-feira (15/05/2012) no "Journal of Physiology", demonstrando como uma dieta com base em xarope de milho rico em frutose afetou a memória de cobaias.
Cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) alimentaram dois grupos de ratos com uma solução contendo xarope de milho rico em frutose (um ingrediente comum em alimentos processados -- e água potável durante seis meses).
     Um grupo de ratos tomou também um suplemento de ácidos-graxos ômega-3, que estimula a memória, na forma de óleo de linhaça ou ácido docosahexaenóico (DHA), enquanto o outro grupo não fez o mesmo.
Antes do início da ingestão de açúcar, os ratos passaram por um treinamento de cinco dias em um complexo labirinto. Os roedores foram colocados novamente no labirinto seis semanas depois de ingerirem a solução doce para ver como se saíam.
    "Os animais que não tomaram DHA foram mais lentos e seus cérebros demonstraram um declínio na atividade sináptica", afirmou Fernando Gomez-Pinilla, professor de neurocirurgia na Escola de Medicina David Geffen, na UCLA. "Suas células cerebrais tiveram dificuldade em enviar sinais entre si, prejudicando sua capacidade de pensar com clareza e lembrar o caminho que tinham aprendido seis semanas antes", acrescentou.
     Uma análise mais detalhada nos cérebros dos ratos revelou que aqueles que não foram alimentados com suplementos de DHA também desenvolveram sinais de resistência à insulina, hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue e regula a função cerebral.
    "Uma vez que a insulina consegue penetrar a barreira sangue-cérebro, o hormônio pode sinalizar os neurônios, gerando reações que comprometem o aprendizado e causam perda de memória", disse Gomez-Pinilla.
     Em outras palavras, comer frutose demais pode interferir na capacidade da insulina de regular como as células usam e armazenam açúcar, o que é necessário para o processamento de pensamentos e emoções.
"A insulina é importante no corpo para controlar o açúcar no sangue, mas pode desempenhar um papel diferente no cérebro, onde parece afetar a memória e o aprendizado", disse Gomez-Pinilla.
"Nosso estudo demonstra que uma dieta rica em frutose afeta tanto o cérebro quanto o corpo. Isto é algo novo", acrescentou. "Nossas descobertas mostram que o que você come afeta como você pensa", emendou Gomez-Pinilla. "Ingerir uma dieta rica em frutose a longo prazo altera a capacidade do cérebro de aprender e lembrar informações. Mas adicionar ácidos-graxos ômega-3 nas refeições pode ajudar a minimizar os danos", acrescentou.
     O xarope de milho rico em frutose é comumente encontrado em refrigerantes, condimentos, comida de bebê e lanches processados.

Fonte: g1.globo.com

quinta-feira, 10 de maio de 2012

MAQUETES DOS SEXTOS E SÉTIMOS ANOS  DO COLÉGIO SANTA CRUZ

PARABÉNS PELO ÓTIMO TRABALHO!!




sábado, 5 de maio de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

TERCEIRÃO - SANTA CRUZ  
CONTEÚDOS E SLIDES PARA O SIMULADO GERAL!

LINK: FRENTE 2A - AULA 4 PROTEÍNAS 2A

LINK: FRENTE 2E - AULAS 3 e 4 GENÉTICA 2E

domingo, 15 de abril de 2012

Células-tronco contra vírus da Aids


Editora Globo


    Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, mostra que células-tronco podem ser geneticamente modificadas e transformadas em “guerreiras” para caçar e matar o vírus do HIV. Os cientistas responsáveis esperam que a descoberta possa ajudar a erradicar completamente a doença do organismo de pacientes infectados.
    Para isso, foi identificada e isolada uma substância em leucócitos que os torna capazes de combater infecções. No entanto, como a quantidade de leucócitos que uma pessoa tem no organismo não é suficiente para acabar com o HIV, pesquisadores clonaram essa substância receptora e a colocaram em células-tronco geneticamente alteradas.
     Então essas novas células foram implantadas em ratos de laboratório doentes, permitindo que eles estudassem a reação do tratamento em um organismo vivo. Como esperado, as “guerreiras” identificaram e caçaram, especificamente, as células infectadas com HIV. Quando isso aconteceu, os níveis de leucócitos do rato também aumentaram, deixando seu sistema imunológico mais forte e combatendo a doença com mais eficácia.
      De acordo com o responsável pela pesquisa, Scott G Kitchen, esse é o primeiro passo em direção a um tratamento mais intenso, que irá fazer com que células tronco e leucócitos sejam capazes de livrar um organismo infectado do HIV. 

Fonte: Revista Galileu

terça-feira, 3 de abril de 2012

BIOLOGIA ESPECÍFICA - TERCEIRÃO

LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE A ORIGEM DA VIDA E EVOLUÇÃO

LINK: EXERCÍCIOS

terça-feira, 27 de março de 2012

Ui, ele existe!!  E é Cientista!!

          Editora Globo

         Em junho de 2011, Neil deGrasse Tyson acabava de gravar mais uma entrevista para o Big Think, site que reúne bate-papos e artigos com mentes brilhantes. Seria um dia comum na vida do diretor do Planetário Hayden, em Nova York, velho conhecido da mídia norte-americana por ser didático nas explicações sobre o universo.
          Mas um gesto mudou tudo. Ao explicar porque Isaac Newton teria sido o maior cientista da história, Tyson fez a expressão que ilustra esta matéria. Os internautas, então, retiraram apenas esse trecho do vídeo e passaram a reproduzi-lo por blogs, tumblrs e redes sociais com legendas irônicas. No Brasil, a versão mais famosa foi: “Ui, eu fiz alguma coisa surpreendente e vou esnobar.”                                      
       A popularidade de Tyson começa antes de sua imagem se tornar um viral. Com 10 livros de astronomia publicados, ele recebeu a maior condecoração dada pela Nasa a um civil por sua colaboração em projetos sobre o futuro da exploração espacial.
            Além disso, Tyson tem um programa de rádio, o StarTalk, em que discute assuntos de ciência junto com famosos, e já participou da série de TV geek The Big Bang Theory (Warner Channel). A seguir, ele fala sobre como é ser um astrônomo que caiu na boca do povo.

 ENTREVISTA COM TYSON:

Como você soube do meme com sua imagem?
Tenho contas bastante ativas no Twitter e Facebook. Então, é como se eu tivesse milhares de olhos lá fora. As pessoas me mostram artigos onde sou mencionado. Achei curiosa essa história. Desisti de tentar controlar minha imagem.
 Editora Globo

Você sofre preconceito de outros cientistas devido à fama?
Há algumas décadas, se um cientista escrevesse coisas populares não seria visto como um igual por outros pesquisadores. Hoje, não faz diferença para meus colegas. Talvez faça alguma para os estudantes. O astrônomo Carl Sagan passou por isso nos anos 1980, quando escreveu o livro Cosmos, que virou série de TV, apresentando ciência para leigos. Mas os pesquisadores entenderam que, se o público gosta do que você faz, você recebe mais dinheiro para fazê-lo. Nosso financiamento vem dos contribuintes.

Editora Globo

Como foi participar do seriado The Big Bang Theory?
Foi a coisa mais divertida que já fiz. No episódio, eu interpretei a mim mesmo e discuti sobre Plutão. Porque não há nada sobre Plutão que eu não tenha comentado, já que fiz parte da comissão que o rebaixou à categoria de planeta anão. Por causa disso, sofri o desprezo do personagem Sheldon [físico, o mais nerd e famoso da série].        
                             

 Editora Globo

Qual sua estratégia falar de ciência para o público leigo?
Gosto de pensar que tenho um cinto de utilidades, como o Batman. Em cada bolso, uma maneira de falar. Você é do Brasil, então, eu poderia falar sobre o fato de o país ter a terceira maior indústria aeroespacial do mundo. Se eu tenho a chance de impressionar alguém com o tema universo, me esforço. Algumas pessoas que escutam meu programa de rádio dizem que é como se eu estivesse na sala da casa delas conversando. Para mim é um grande elogio, pois mostra que estamos juntos confortavelmente falando sobre o espaço.
Recentemente você deu uma palestra sobre o declínio da ciência nos EUA. Por que isso está acontecendo?
A produção não está só caindo nos EUA, como está crescendo em outras partes do mundo. Perdemos a direção, vivemos dos avanços espaciais, mas não reinvestimos. Vai piorar antes de melhorar, eu acho.

Editora Globo

Você acha que China ou algum outro país vai ultrapassar os EUA no futuro?
Acho inevitável a menos que os EUA invistam mais dinheiro em seu programa espacial. Meu próximo livro, “Space Chronicles” (sem título em português), é sobre se devemos voltar ao espaço. Pessoalmente acho que os EUA devem continuar a explorar o espaço porque a descoberta é divertida, mas não é suficiente para convencer o congresso. Podemos dizer que ir ao espaço de maneira grandiosa espalha a ciência pelo país. Cria-se uma cultura, as pessoas vão querer fazer pesquisa. Isso chega à educação e fazemos descobertas. Vai ajudar a economia a se recuperar.

Você imagina um programa espacial ideal para substituir o programa dos ônibus espaciais, encerrado pela NASA em 2011?

Eu diria que gostaria de ir à Lua de Júpiter com um robô. Ela é congelada na superfície, mas tem um oceano líquido subterrâneo há bilhões de anos. Eu gostaria de procurar vida lá.

Fonte: Revista Galileu - Denise Dalla Colletta

domingo, 25 de março de 2012

 


Aula prática - Extração do DNA da cebola (Alliun cepa)
DIA 28/03/2012 - PRIMEIRAS SÉRIES.


JALECO OBRIGATÓRIO! 

OBJETIVOS
Conhecer os princípios básicos da extração do material genético da cebola, a partir dos tecidos do bulbo.

MATERIAIS
Álcool isopropílico (Isopropanol)
Cebola picada
Solução de lise (quebra): 4 colheres de sopa de detergente incolor, 1 colher de chá de cloreto de sódio, 75 mL de água.
Papel de filtro
Gelo
2 béqueres pequenos de plástico (50 mL) e 1 béquer de 500 ou 1000 mL
Tubos de ensaio
Banho-maria (~60 ºC)

PROCEDIMENTOS
Pique a cebola em pedaços pequenos;
Coloque no béquer pequeno de plástico (50 ml) 4 colheres de chá de pedaços de cebola;
Adicione 2 colheres de sopa de solução de lise;
Macere intensamente com o auxílio do bastão de madeira;
Complete com a solução de lise até 25 mL no béquer, misturando a solução;
Coe a solução, com o auxílio do funil e do papel de filtro; coloque o filtrado em um tubo de ensaio;
Depois de filtrar a solução, tampe o tubo e o coloque  no banho-maria por 15 minutos;
Em seguida, coloque o tubo no béquer com gelo e água, durante 5 minutos;
Decorrido este tempo, adicione um volume igual de isopropanol (gelado) ao do tubo e misture vagarosamente (por inversão).

SÍNTESE:

1. A cebola é macerada para que haja a ruptura da parede celular, expondo o material genético das células
2. As moléculas do detergente desestruturam as moléculas de lipídios presentes nas membranas celulares. 
O aquecimento favorece a reação e desnatura as moléculas de DNA.
3. DNA é insolúvel em álcool e deste modo se separa da solução. O DNA tem também menor densidade que os outros constituintes celulares, por isso surge na superfície da solução. O álcool desidrata as moléculas de DNA, fazendo com que elas se aglutinem.
4. A estrutura de dupla-hélice só pode ser visualizada de modo indireto e através de aparelhos sofisticados. O que você está observando são milhares de fitas de DNA juntas.
5. Pode-se observar um aglomerado de moléculas de DNA. 

Professora Gisele Rosin - Ciências e Biologia.

sexta-feira, 23 de março de 2012


CONTEÚDOS PARA O SIMULADO/UEM - SANTA CRUZ:  TERCEIRAS SÉRIES.


- CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS (FRENTE 1A)
- EMBRIOGÊNESE (FRENTE 1A)
- GENÉTICA MOLECULAR (FRENTE 1E)
- O FUNCIONAMENTO DE UM GENE (FRENTE 1E)

quinta-feira, 22 de março de 2012

CONTEÚDOS PARA O SIMULADO/PAS - SANTA CRUZ:
 PRIMEIRAS SÉRIES




 - CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS;
- NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS;
- COMPOSTOS INORGÂNICOS: ÁGUA E SAIS MINERAIS
- COMPOSTOS ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS, LIPÍDIOS E PROTEÍNAS.


quinta-feira, 15 de março de 2012


Cientistas russos querem clonar mamute congelado há 10 mil anos

Segundo estudiosos, durante o experimento serão transvasadas células-tronco do mamute no útero de uma elefanta; a gestação deve durar 22 meses



    Cientistas russos anunciaram nesta última quarta-feira, 14, os planos de clonar um exemplar pré-histórico de mamute que esteve congelado durante 10 mil anos no território da república siberiana de Iacútia.

     "Queremos realizar uma clonagem somática, ao inserir o material genético de um mamute que viveu há milhares de anos nas células de uma elefanta atual", disse um porta-voz Instituto de Ecologia Aplicada (IEA) da Sibéria à agência oficial "RIA Novosti". A fonte detalhou que "as células-tronco serão transvasadas ao útero de uma elefanta que gestará o feto durante 22 meses para que nasça, esperamos, um filhote de mamute vivo".
    Concretamente, as células do mamute em questão seriam inseridas em embriões de uma elefanta procedente da Índia, por ser seu parente genético mais próximo. O porta-voz do IEA antecipou que as amostras genéticas serão extraídas do mamute no final deste ano, após o que serão enviadas à Coreia do Sul, onde a clonagem poderia tornar-se realidade dentro de vários anos.
    Na clonagem do mamute que foi encontrada na inóspita tundra siberiana participarão cientistas russos, sul-coreanos e chineses. Nesta semana a Universidade Federal do Nordeste da Rússia assinou o correspondente acordo com o controvertido cientista sul-coreano Hwang Woo-souk, da Fundação de Pesquisa Biotécnica de Seul.   
     Considerado então um pioneiro neste terreno ao clonar um cachorro em 2005, Hwang foi acusado em 2006 de falsificar testes científicos para confirmar suas ousadas teorias sobre clonagem humana. Os especialistas consideram que clonar um mamute é possível, já que as células desse animal pré-histórico podem ser encontradas tanto em seu sangue e órgãos internos, como na pele e nos ossos.
    O segredo é encontrar tecido e células em bom estado em um animal que morreu, possivelmente de frio ou de fome, há milhares de anos. A decodificação do DNA do paquiderme pré-histórico, que é a que leva a informação genética sobre o animal, é um trabalho árduo que, em muitas ocasiões, termina em fracasso, sem encontrar uma única célula viva.
     Os mamutes apareceram na África há três ou quatro milhões de anos, dois milhões de anos atrás emigraram para Europa e Ásia e chegaram à América do Norte há 500mil anos, passando pelo Estreito de Bering. Para a ciência continua sendo uma incógnita a causa de seu desaparecimento, que começou há 11 mil anos, quando a população destes animais começou a diminuir até a total extinção dos últimos exemplares siberianos há 3,6 mil anos.
      A maioria dos especialistas estimam que os mamutes foram extintos devido a uma brusca mudança das temperaturas na Terra, embora há também quem atribua seu desaparecimento ao ataque de caçadores ou a uma grande epidemia. 

Fonte: Estadão

sexta-feira, 2 de março de 2012

Mar fica ácido em ritmo sem precedente e vida marinha é afetada.
 

      Os oceanos da Terra estão ficando mais ácidos a uma taxa que parece não ter precedentes nos últimos 300 milhões de anos --uma notícia nada agradável para a vida marinha e para a economia humana que depende dela. A conclusão está em estudo na revista "Science", que analisou todos os registros geológicos disponíveis sobre fenômenos parecidos. 
    Apesar da relativa falta de dados no caso dos períodos mais remotos, a equipe liderada por Bärbel Hönisch, da Universidade Columbia, diz que a rapidez das alterações na química do oceano atual é única. "O que estamos fazendo hoje realmente se destaca", disse ela em comunicado oficial.
       A culpa é do dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), substância que a humanidade anda lançando em quantidades cada vez maiores na atmosfera ao queimar combustíveis fósseis ou florestas, por exemplo. Cerca de metade do CO2 emitido no planeta acaba sendo absorvido pelos oceanos. A molécula reage com a água, e um dos resultados da reação é o aumento da acidez do mar. 
        "Aumento da acidez", aliás, é um pouco impreciso. Mesmo com o oceano sugando vastas quantidades de gás carbônico feito doido no último século, sua água continua sendo alcalina, ou seja, o contrário de ácida. O que ocorre é que ela está ficando progressivamente menos alcalina -ainda não pode ser classificada como ácida. Parece pouco, mas a mudança é suficiente para que haja menos carbonato -um componente essencial das conchas e carapaças de organismos marinhos- disponível na água. Criaturas tão diferentes quanto corais, ostras, algas e estrelas-do-mar têm dificuldade para construir seu próprio organismo e podem até perder parte dele.

TÚNEL DO TEMPO
       Hönisch e companhia levaram em conta novas técnicas de análise de rochas de origem marinha, que permitem dizer qual era o nível de acidez do mar e a quantidade de carbonato e de gás carbônico presente nele quando as rochas se formaram. Também consideraram a escala de tempo em que mudanças na acidez do mar ocorriam --e é nesse ponto que as atuais se sobressaem. 
    Um fenômeno parecido no Eoceno, há 56 milhões de anos, levou 5.000 anos para se consumar, extinguindo organismos marinhos. 
O ritmo atual de acidificação (termo usado pelos cientistas) é dez vezes mais veloz. Se as emissões de CO2 continuarem como estão, uma mudança como a do Eoceno ocorrerá até o fim do século.

Fonte: Folha - REINALDO JOSÉ LOPES (EDITOR DE "CIÊNCIA E SAÚDE")

quinta-feira, 1 de março de 2012


Mulheres adultas carregam células-tronco capazes de produzir óvulos.

Para que ocorra a fecundação, células reprodutoras masculinas (espermatozóides) precisam se encontrar com células reprodutoras femininas (óvulos). Pensava-se que essas células fossem produzidas uma só vez na vida, amadurecendo até a puberdade para dar início ao processo conhecido como ovulação, a ‘liberação’ dos óvulos. Entretanto, um artigo publicado no periódico científico especializado Nature Medicine mostra que mulheres adultas podem possuir células-tronco capazes de fazer novos óvulos. A descoberta pode revolucionar a maneira como cientistas entendem a reprodução, lançando luz sobre muitas técnicas de fertilização in vitro.
Em 2004, um grupo de pesquisadores disse ter isolado células-tronco similares em ratos. Muitos cientistas ficaram céticos a respeito dos resultados da pesquisa. Para testar a hipótese com meios mais sofisticados, um time do Hospital Massachusetts em Boston, nos EUA, refez a coleta e identificação de células ovarianas de camundongos. Para isso, usaram uma técnica que colore apenas as células-tronco. Depois de verificar que os resultados estavam corretos, aplicaram o método em células congeladas coletadas do ovário de mulheres em idade reprodutiva. Ao transplantar as células-tronco em animais, viram que as células coloridas começaram a se assemelhar a ovócitos (óvulos imaturos).
Apesar de novos experimentos serem necessários para avaliar se essas células conseguiriam, de fato, amadurecer a ponto de estarem prontas para a fertilização, os pesquisadores estão muito otimistas com os resultados. Mesmo que seja provado que essas células não formam naturalmente novos óvulos no corpo, há a possibilidade de que elas possam ser induzidas a isso, revolucionando a reprodução assistida. O método poderia ajudar pacientes submetidas a quimioterapia, mulheres com menopausa precoce e até mesmo aquelas que sucumbem naturalmente aos efeitos do envelhecimento. Mais: o estudo dessas células poderia, eventualmente, levar ao desenvolvimento de hormônios e medicamentos para revigorar o organismo e desacelerar o relógio biológico feminino.

Fonte: Estadão

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012




                           3ª A e B - COLÉGIO SANTA CRUZ 

Olá queridos alunos dos terceirões!
Logo abaixo estão os links com os materiais complementares para nossa prova do dia 02/03/2012.
Bons estudos para todos!

LINK - CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS
LINK - EMBRIOGÊNESE



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

 A, B e C - COLÉGIO SANTA CRUZ
Olá queridos alunos!
Aí estão os materiais complementares para nossa prova (02/03/2012).
É só clickar nos links e baixar os arquivos no formato pdf.
Bons estudos!

LINK - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS
LINK - A BASE MOLECULAR DOS SERES VIVOS


IMPORTANTE:

Níveis de organização dos seres vivos


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012




Segundo novos estudos, células teriam surgido em poças ao lado de gêiseres e não no mar

O prato da "sopa primordial" ficou bem menor: uma equipe de pesquisadores sugeriu, em artigo científico a ser publicado nesta terça-feira na revista "PNAS", que a origem da vida celular não se deu na vastidão do oceano, mas sim em pequenas poças em terra.
É consenso entre os cientistas que os seres vivos surgiram da combinação de certos elementos químicos, que produziram os "tijolos" de substâncias orgânicas dos quais eles são feitos. Esses ingredientes seriam as substâncias químicas dessa "sopa primordial" no mar.
Essa forma de vida primitiva teria se isolado do ambiente, criado um metabolismo próprio para consumo de energia e a capacidade de se reproduzir. Pesquisadores da área se dividem entre os que acham que o metabolismo surgiu antes e os que acham que a capacidade de replicação veio primeiro.
Uma hipótese popular de um dos defensores do "metabolismo primeiro" foi criada por Mike Russel, hoje no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Para ele, os precursores da vida surgiram no fundo dos oceanos, ao redor de jatos de água quente que surgem de fissuras ligadas à atividade vulcânica.
"Estávamos bem contentes com a ideia da origem da vida no mar e nossas visões atuais ainda incorporam alguns traços da hipótese de Mike Russell", disse à Folha o principal autor do estudo, Armen Mulkidjanian, da Universidade de Osnabrück, na Alemanha. Mas os cientistas notaram discrepâncias entre as proporções de certas formas de elementos químicos no interior das células atuais dos seres vivos e em ambientes marinhos e terrestres em geral. É o caso de certos íons, átomos ou moléculas eletricamente carregados.
De acordo com o grupo, a proporção dos íons dentro das células de hoje reflete a composição do ambiente em que elas se formaram há bilhões de anos.




Fonte: Folha 
RICARDO BONALUME NETO

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


Aranhas tecem teia gigante em cima de árvores na Amazônia
 Árvores cobertas por teias de aranhas na cidade de Iranduba, com 40 mil habitantes, às margens do rio Solimões
Uma colônia de aranhas do gênero Anelosimus teceu teias gigantes em copas de árvores, cercas de madeira e no pasto de uma fazenda em Iranduba (região metropolitana de Manaus). Segundo a especialista em aracnídeos Lidianne Salvatierra, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), o fenômeno é raro em áreas distantes de florestas nativas.
Salvatierra disse acreditar que as aranhas tenham migrado para as árvores da fazenda por um fenômeno de dispersão. A espécie de aracnídeo tem menos de um centímetro de comprimento. "Essas aranhas são originárias de floresta tropical. Como são bem leves, um vento ou um animal pode ter ajudado na dispersão."
As teias gigantes atraíram a atenção da população de Iranduba, cidade de 40 mil habitantes às margens do rio Solimões. A imagem das árvores encobertas por teias lembra um cenário de ficção científica. O dono da fazenda não quis se identificar para a equipe do Inpa.
De acordo com a especialista, as aranhas tecem as teias há três meses. Amostras da espécie foram coletadas para pesquisa e registro no instituto. Segundo a pesquisadora, as aranhas Anelosimus se agrupam em teias individuais até a formação de ninhos coletivos --por isso são chamadas de "aranhas sociais".
As teias servem de abrigo e de armadilha para insetos. Grossos, os fios das teias são resistentes ao calor e à chuva amazônica. O movimento de borboletas que tentam se livrar das teias consegue desfazer pequenas partes da estrutura. "Mas milhares de aranhas capturam as borboletas antes que isso aconteça", conta Salvatierra.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Animais idosos não perdem neurônios, indica estudo.
Trabalho constatou divisão celular em cobaias mais velhas, algo considerado impossível há alguns anos.




Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em preás mostrou que, diferentemente do que se imaginava, animais idosos não sofrem redução do número de neurônios do sistema nervoso autônomo periférico - a parte do sistema nervoso situada nos diversos órgãos do indivíduo e fora do cérebro.

O estudo foi publicado no International Journal of Developmental Neuroscience - revista de referência da Associação Internacional da Neurociência do Desenvolvimento.

O trabalho corresponde à tese de mestrado conduzida por Aliny Antunes Barbosa Lobo Ladd na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, com Bolsa da FAPESP e sob a supervisão do professor Antonio Augusto Coppi, responsável pelo Laboratório de Estereologia Estocástica e Anatomia Química (LSSCA) do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ-USP).

O estudo se soma a uma série de trabalhos do grupo que reforçam a tese de que os animais idosos não sofrem necessariamente redução do número de neurônios. “Além disso, o trabalho teve o mérito de observar neurônios se dividindo em animais idosos - algo que há alguns anos era considerado impossível na literatura médica”, disse Coppi à Agência FAPESP.

De acordo com Coppi, já é possível afirmar que o envelhecimento não corresponde necessariamente a uma condenação à perda de células nervosas. Essa perda, segundo ele, era um dogma da neurociência há algumas décadas.

“De 1954 a 1984, vários trabalhos indicavam que havia perda de neurônios durante o envelhecimento. Mas atribuímos essa conclusão ao método bidimensional utilizado na época para quantificar as células nervosas. A partir de 1984, quando um grupo da Dinamarca publicou o primeiro trabalho utilizando o método de estereologia em três dimensões chamado de ‘Disector’, a contagem de células em geral passou a ser muito mais acurada e precisa”, explicou.

Desde então, a comunidade científica internacional começou a refazer os trabalhos realizados nas décadas anteriores, com resultados mais acurados, mas os estudos em geral são voltados para o sistema nervoso central. Os trabalhos na FMVZ-USP são voltados especificamente a neurônios do sistema autônomo periférico, procurando confirmar as conclusões dos demais estudos realizados no cérebro.

“Iniciamos essa linha de pesquisa em 2002 e esse é o sétimo trabalho internacional que publicamos sobre o tema. Estamos confirmando por meio desses estudos que o número de neurônios do sistema nervoso periférico não diminui necessariamente durante o envelhecimento. Ao contrário, na maior parte das vezes se mantém estável”, disse Coppi.

Divisão celular

O grupo já realizou estudos com ratos, cobaias, cavalos, cães, gatos, capivaras, pacas, cutias e, agora, preás - incluindo estudos com modelos de doença de Parkinson e de doença de Huntington. No caso dos preás, aos três anos e meio os animais são considerados idosos.

“Por meio dos métodos imuno-histoquímicos associados à estereologia, pudemos detectar neurônios uninucleados e binucleados em pleno processo de divisão em animais idosos. Nossa hipótese é que o número de células nervosas que se dividem é maior que o número de neurônios que morrem e isso permite que o número total de neurônios permaneça estável”, disse Coppi.

Em meio aos muitos modelos animais estudados pelo grupo nos últimos dez anos, só uma exceção foi registrada: as cobaias. “No caso das cobaias tivemos uma redução de 21% no número total de neurônios entre os animais idosos. Não sabemos explicar as causas dessa redução. Em compensação, no caso do cão, houve um aumento incrível do número de neurônios em animais idosos: 1.700%”, afirmou.

Apesar da exceção, o conjunto dos estudos mostra que a tendência na velhice é uma estabilidade ou aumento do número total de neurônios. “Esse dado por si só quebra o dogma de que o número de neurônios deveria necessariamente diminuir”, afirmou.

O diferencial do estudo com os preás, segundo Coppi, é que pela primeira vez foram observados neurônios do sistema nervoso autônomo em pleno processo de divisão celular, os quais foram quantificados em três dimensões pelo método estereológico do fractionator óptico.

“Dessa vez utilizamos marcadores imunohistoquímicos especiais para detectar as células que estavam se dividindo. Mostramos que o número de células em divisão é uma proporção constante em cada faixa etária. Assim, o número total de células se mantém exatamente o mesmo em cada uma das quatro faixas etárias que observamos: animais neonatos, jovens, adultos e idosos”, explicou.

Fonte: Agência Fapesp