sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Vacina testada em macacos impede que vírus da Aids ataque células
  Cientistas americanos anunciaram nesta quinta-feira (19) um avanço importante no combate à Aids. Uma vacina testada em macacos impede que o vírus ataque as células.
    O novo método é diferente de uma vacina. As vacinas estimulam nosso sistema imunológico a combater infecções. A nova técnica passa por cima do sistema imunológico e usa uma proteína, feita em laboratório, que ataca diretamente o vírus.
   Essa proteína imita os receptores da superfície da célula, aos quais o vírus HIV se liga. Ou seja, ela engana o vírus. A proteína bloqueia três pontos, dois em cima, um embaixo, tornando o vírus incapaz de infectar a célula.
    O gene que fabrica essa proteína foi injetado em quatro macacos. Eles passaram a produzir a proteína em grande escala, e durante anos. Os cientistas tentaram infectar os macacos com todos os tipos de HIV conhecidos, mas eles não contraíram o vírus. É a forma mais eficaz já encontrada de impedir a infecção pelo vírus da Aids.
O autor do estudo publicado nesta quinta-feira (19) pela revista Nature, doutor Michael Farzan, do instituto Scripps, da Flórida, diz que no fim deste ano começarão os testes com seres humanos.
    Daqui a dois anos, o novo método será testado em pessoas com alto risco de contrair o HIV. Não está previsto o uso do tratamento para a população em geral.


FONTE: GLOBO.COM

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Japão realiza com sucesso primeira operação com células-tronco "magnéticas"

 célula-tronco (Foto: wikimedia commons)

     Uma equipe do Hospital Universitário de Hiroshima, no Japão, realizou com sucesso a primeira operação para regenerar cartilagem do joelho utilizando células-tronco misturadas com ferro e imãs para concentrá-las na área afetada. Embora ainda seja necessário aproximadamente um ano para determinar a efetividade do tratamento, o grupo de cirurgiões lembrou que as operações realizadas até agora em animais tiveram um grande sucesso.
     O procedimento, que neste caso foi utilizado em uma mulher de 18 anos, começou com a extração de células-tronco mesenquimais da medula óssea da paciente.
Em seguida, elas foram misturadas com pó de ferro para criar células-tronco (que têm capacidade para se transformar em qualquer tipo de tecido) com um alto conteúdo deste metal.
     A equipe injetou as células no joelho direito da mulher e depois empregou imãs para concentrá-las na área onde havia perda de cartilagem, com o objetivo de que se transformem em tecido cartilaginoso nos próximos meses.
Este tipo de cirurgia endoscópica é menos agressiva para o paciente, segundo o professor Mitsuo Ochi, que liderou a equipe médica. Normalmente, são necessários dois procedimentos cirúrgicos para reparar a cartilagem do joelho.
    A cartilagem, cuja perda provoca grandes dores pois sua função é amortecer os golpes e evitar o atrito entre os ossos, tem uma capacidade muito limitada para se regenerar. A equipe médica planeja realizar mais operações como estas nos próximos meses para aprimorar a segurança do processo, que se encontra em fase de teste clínico.

Fonte: Revista Galileu