quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O PARENTESCO ENTRE OS DINOS E AS AVES.


     Os tiranossauros, velociraptors, alossauros e cia. estão por aí. A diferença é que agora eles atendem por nomes menos glamourosos - pintassilgo, tico-tico, galinha caipira, pato, pombo... Das quase 10 mil espécies de aves que existem, todas são descendentes diretas dos dinossauros. O parentesco entre os dois é um fato bem conhecido da biologia. A diferença é que, agora, começam a surgir evidências de que a relação entre os penosos e os escamosos é bem mais estreita. A começar pelas penas. Em julho deste ano, por exemplo, paleontólogos alemães encontraram um indício de que boa parte dos dinossauros, como alguns que você vê nessas e nas próximas páginas, tinha penas. E bico. Conheça agora as características que as aves herdaram de seus avós, as criaturas mais fascinantes que já pisaram sobre a Terra.

Pescoço em "S"
Uma diferença marcante entre dinossauros e crocodilos, por exemplo, é que só os primeiros têm pescoço em forma de "S" - justamente uma característica das aves. Ela provavelmente evoluiu nos primeiros dinossauros como uma adaptação para ampliar o campo de visão (igual o bipedismo - seja nos dinos, seja nos homens). E o resultado foi o pescoço esguio. Os cisnes agradecem.

Instinto maternal
Tartarugas são péssimas mães. Botam os ovos e tchau: a filhotada que se cuide depois. Até pouco tempo atrás o consenso era que os dinossauros também se comportavam desta maneira, digamos, reptiliana. Mas não. Hoje sabemos que vários deles faziam como os pássaros: eram pais exemplares, que construíam ninhos e cuidavam dos filhotes. É o caso deste dino-ave aqui ao lado, o citipati, cujo fóssil mostra o bicho chocando ovos.

Bico
Nós usamos as mãos para cavar. Então desenvolvemos unhas (com os cachorros aconteceu a mesma coisa). Outros usam a boca para cavar, então desenvolveram unhas. Na cara. O bico é um par de unhas facial. Essa proteção evoluiu em alguns dinossauros, e desse grupo passou para todas as aves. Um dos dinos bicudos era o Citipati, na página ao lado. Mas alguns pesquisadores acreditam que até grandes carnívoros, como o tiranossauro, tivessem alguma espécie de bico, ainda que dentado, como o do nosso amigo aqui embaixo.

Pés de passarinho
Responda em um segundo, valendo um milhão de reais: os pés de um dinossauro pareciam mais com: a) os de um crocodilo; b) os de um periquito. Pois é: a certa é a alternativa B. O grupo de dinossauros que deu origem às aves, os terópodes (dos quais faz parte o glorioso tiranossauro), já tinha pés de passarinho, com três dedos para frente e um para trás - dedo extra que os pombos usam para se empoleirar nos fios elétricos.

Ossos pneumáticos
Os terópodes, ramo dos dinossauros mais próximos das aves, e que inclui o tiranossauro, têm ossos pneumáticos, ou seja, com câmaras internas cheias de ar, como as aves modernas (e pneus!). É uma característica essencial para o voo. Mas claro: tiranossauros não voavam - os ossos pneumáticos deixavam o gigante mais leve e ágil.

"Osso da sorte"
Cada um pega de um lado do ossinho. E quem ficar com o pedaço maior ganha. É o "osso da sorte" - brinquedo que as galinhas forneciam para as crianças na era pré-videogame. Ele é formado pela fusão das duas clavículas e ajuda na sustentação dos ossos do tórax durante o voo. Mas também era encontrado em vários dinossauros, como o aerosteon aqui.

Sacos aéreos
Aves não têm sistema respiratório - têm um metrô respiratório. O ar circula por uma rede intrincada de canais ligando reservatórios de ar. São os sacos aéreos. Eles mantêm os pulmões sempre cheios, mesmo quando a ave expira. Isso confere um poder invejável de respiração - e possibilita às aves voar a altitudes rarefeitas. Mas tudo começou aqui no chão, para ajudar certos dinos a correr mais.

Punhos articulados
A articulação do punho das aves de hoje permite uma ampla movimentação das asas. Alguns dinossauros tinham essa mesma característica - caso dos maniraptores. O nome disso na biologia é "exaptação": o uso de uma estrutura antiga para uma função nova (igual aconteceu com os sacos aéreos e com as penas). Nos dinos, o punho articulado só servia para deixar as mãos mais ágeis.

Penas
Já encontraram dezenas de dinossauros penosos - a maior parte do grupo dos coelurosaurus, que inclui de tiranossauros a dinos voadores. Mas o achado mais recente, o sciurumimus, desenterrado em julho, na Alemanha, é uma exceção: pertence ao grupo dos megalosauros, um ramo bem diferente. Isso sugere que o ancestral comum entre os dois grupos podia ter penas - e mais: que todos os dinoussauros talvez tenham tido pelo menos algum tipo de penugem. A função? A mesma que os pelos têm nos mamíferos: regular a temperatura.

Fonte: Alexandre Versignassi e Leandro Sanches
Revista Super Interessante

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Cientistas usam técnica simples para criar células-tronco

  

  Cientistas do Japão e dos EUA descobriram uma receita que parece ridiculamente simples para fazer com que células adultas voltem a um estado semelhante ao embrionário: basta aumentar um pouco a acidez do meio onde elas estão sendo cultivadas.
    Poucas horas de exposição a um meio levemente ácido (pH de 5,5, enquanto o normal da água é 6) foi suficiente para "reprogramar" células dos mais diferentes tecidos de camundongos, do sangue ao fígado, relata a equipe liderada pela japonesa Haruko Obokata e pelo americano Charles Vacanti na revista científica "Nature".
    Essa conquista é um sonho antigo dos pesquisadores que estudam a chamada diferenciação celular, ou seja, o processo que faz com que uma única célula, a do óvulo fecundado, dê origem a uma miríade de tipos celulares especializados, com forma e função próprias.
    Afinal, a possibilidade de controlar esse processo permitiria, em tese, a produção de órgãos sob medida para transplante. Seria necessário apenas fazer uma biópsia de pele do paciente, por exemplo, e as células da epiderme seriam transformadas, em laboratório, nos tecidos "de reposição" necessários - sem riscos de rejeição, já que, do ponto de vista genético, elas seriam idênticas ao resto do corpo do paciente.
                                                            SEM DNA EXTRA
    A reprogramação de células adultas já é rotineira hoje, mas os métodos atuais exigem a inserção, no DNA dessas células, de alguns genes a mais, sabidamente ligados à versatilidade (ou "pluripotência", como dizem os biólogos) das células embrionárias.                                                                     
    Isso é visto como um empecilho para o uso das células reprogramadas em pessoas, já que há o temor de que o DNA extra possa afetar a estabilidade dessas células.
 Para contornar esse problema, Obokata, que trabalha no Centro Riken de Biologia do Desenvolvimento, partiu do princípio de que esse tipo de reprogramação celular parece acontecer em células de plantas e de salamandras expostas a fatores estressantes, como a acidez.Como forma de testar a ideia, ela usou células do sangue de camundongos transgênicos, cujo DNA foi modificado com a presença da receita para a produção da GFP, substância que dá um brilho verde fluorescente aos bichos.
    Aí é que está o pulo-do-gato (ou do roedor): a receita da produção da GFP foi "colada" a um gene que só fica ativo em células embrionárias ou reprogramadas. Ou seja, a proteína só "acenderia" se esse gene também fosse "ligado", indicando que a reprogramação tinha dado certo.
   Foi o que aconteceu quando as células foram expostas à acidez. Vários testes mostraram que elas eram capazes de assumir a função dos mais diversos tecidos do organismo. De início, os cientistas tiveram problemas para multiplicá-las em laboratório, mas o uso de um "caldo" especial destinado à nutrição de células embrionárias pareceu resolver essa questão. "Nossos achados sugerem que, de alguma forma, por meio de um processo de reparo natural, o estresse causado pela acidez leva as células a desligar os controles que as impedem de voltar ao estado embrionário", resumiu Charles Vacanti, que trabalha na Escola Médica de Harvard.
    "Se isso funcionar em seres humanos, será a descoberta capaz de virar o jogo e disponibilizar terapias celulares que usam as células do próprio paciente como ponto de partida", declarou Chris Mason, chefe de medicina regenerativa do University College de Londres (Reino Unido). Essa é a próxima grande pergunta: células humanas também reagirão dessa forma? Os cientistas também querem entender outro mistério: por que outras situações estressantes que as células enfrentam, dentro e fora do laboratório, aparentemente não são suficientes para desencadear o mesmo efeito.

FONTE: REINALDO JOSÉ LOPES
 COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE SÃO PAULO

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

TERCEIRÃO SANTA CRUZ
PRIMEIRAS SÉRIES - SANTA CRUZ


LINK: RESUMÃO PAS/UEM

BONS ESTUDOS E UM ÓTIMO PAS PARA TODOS!!

LINK:VITAMINAS


LINK: A ORIGEM DA VIDA
LINK: RESUMO INTERATIVO - A ORIGEM DA VIDA



TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA
LINK: MEMBRANA PLASMÁTICA - AULA INTERATIVA



ORGANELAS, SÍNTESE DE PROTEÍNAS E RESPIRAÇÃO CELULAR
LINK: ORGANELAS, SINTE PROTEINAS E RESP CELULAR




PROVAS DAS EDIÇÕES ANTERIORES DO PAS/UEM
LINK: PAS/UEM

terça-feira, 12 de novembro de 2013

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PRIMEIRAS SÉRIES - SANTA CRUZ
Prova dia 04/11 - Unidades 1,2,3 e 4 (Módulo 3)